quarta-feira, 27 de julho de 2011

O cristão e sua busca pela maturidade na fé

Com muita frequência ouvimos falar do Rica: Ritual de Iniciação Cristã. Os últimos documentos da Igreja Católica falam com muita insistência dos sacramentos de Batismo, Crisma e Eucaristia que estão vinculados ao chamado processo de iniciação cristã, mostrando-nos e dando-nos perspectivas de um itinerário espiritual. Quando se fala em sacramentos, não podemos pensar em momentos parados na vida. A iniciação cristã é um catecumenato, um processo, um itinerário, uma evolução da própria humanidade, da pessoa, e a própria divinização do homem.
É por isso que na música Creio no Deus do Impossível, tem aquele trecho: "sou uma obra inacabada". É essa a perspectiva que a Igreja espera de nós, pois somos uma obra nas mãos de Deus e com esforço próprio, estamos neste processo de evolução chamado Busca da Maturidade Cristã. Esta maturidade cristã é citada de forma muito freqüente nos escritos de São Paulo porque ele passou de infantil, imaturo, para um homem maduro na fé. Jeremias também passou pelo mesmo processo e a bíblia está repleta de exemplos. Um dos elementos da maturidade da espiritualidade é colocar a razão sobre a paixão. O texto da Carta aos Efésios nos ajudará a entender. São Paulo fala: "Até que todos nós cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homens feitos, de acordo com a idade matura da plenitude de Cristo a estatura da maturidade de Cristo" (Ef 4, 13). Portanto, a meta de todo o cristão é chegar à maturidade da pessoa em Cristo.
Muitos de nós temos pretensões de melhorar profissionalmente, ou trabalhar para ter um aumento salarial, então, no trabalho estabelecemos metas de evolução: "eu estou aqui e quero chegar lá". É o que São Paulo diz aos Efésios e a nós: temos que ter propósitos, temos que estar em constante processo de evolução, enquanto pessoas. Não podemos achar que já estamos prontos, polidos e que podemos nos colocar numa atitude imutável. Frases como: "Eu fui sempre assim, eu não mudo", ou "Desde criança sou assim e na minha idade já não há muito que mudar", estão erradas. Uma pessoa madura na vida cristã precisa integrar e trabalhar a sua vida psíquica, afetiva, emocional, social, e espiritual. Negar um desses aspectos é forjar uma falsa maturidade.

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